Ai a minha garganta doi, a chama está muito fraca, as asas já não batem como antes, e as escamas estão caindo a torto e direito. Lembro-me da minha juventude, que alegria ver as crianças brincando lá do alto. Fazia altas manobras e surpreendia a todos.
Nessa época conheci uma de mim. Nunca vi chifres maiores antes, e fogo mais brilhante e hipnotizante que saisse da boca de um. Como era elegantissima. Não voava, deslizava no ar. Pena, já era destinada a outro. E muito mais pena de mim, nunca tive uma destinada.
Fui envelhecendo sem a companhia de uma parceira. Só cuidava de meu imaginário, da minha aparência. Mas tinha sim, ainda acreditava que desencalharia e tiraria o meu rabão da miséria.
Hoje já não acredito. Quem vai querer um dragão caindo aos pedaços? hum?
sábado, 27 de outubro de 2007
sábado, 20 de outubro de 2007
A Dívida
Estão me devendo algo? – perguntei.
Leve o carro, não avisaremos a polícia. Mas por favor não atire em nossa filha. – é o nosso maior tesouro.(a mãe deve ter pensado).
Boa! – era uma ótima proposta, mas sentir a massa encefálica da menina escorrer em meu corpo parecia mais agradável.
Parei meio segundo, pensei. Sorri (foi um sorriso espontâneo). Tirei a arma da cabeça da menina; foi quando em um rápido movimento voltei ao estado inicial. Atirei, Bum, Bum, Bum. Três vezes foi o suficiente. A bala parecia ter saído do outro lado, mas não verifiquei.
Joguei o corpo da menina no sofá da sala e voltei a perguntar:
Estão me devendo algo?
Resposta alguma, apenas gritos e berros desesperadores. Lembrei-me da minha mãe quando a policia invadiu nosso barraco e matou meus 2 irmãos e meu pai. Foram 3 balas
Sai pelas portas do fundo, dei a volta na casa, e finalmente coloquei o pé na calçada da frente, onde uma multidão parecia se aglomerar, falando besteiras. Fui embora por entre eles.
Joguei meu 38 em um matagal ali próximo. A cada passo me lembrava dos Bum, Bum, Bum; dos que quando tinha 9 anos e os recém. Os recentes não contam, era apenas uma menininha burguesa, que não conhece a triste realidade. Os do meus 9 anos foram tristes, um pai de família e dois jovens simples e corados.
Chego em casa, pego minha mala. Coloco a farda e vou direto para o trabalho. A inscrição Policia Militar gravada me arrepia – medo. Mas é preciso trabalhar, trabalhar.
Tomo a condução e tento buscar todos os pais de família,- corados, acho o meu, abraço-o forte e dou muitos beijos em sua face. Mas o meu se perde na multidão
Chego no batalhão, abro a porta do meu armário, pego meu 38. Dou 3 tiros em uma menina – encomenda. Lembro de minha mãe. Bum, Bum, Bum. Tenho 9 anos. Perco meu pai e 2 irmãos.
Leve o carro, não avisaremos a polícia. Mas por favor não atire em nossa filha. – é o nosso maior tesouro.(a mãe deve ter pensado).
Boa! – era uma ótima proposta, mas sentir a massa encefálica da menina escorrer em meu corpo parecia mais agradável.
Parei meio segundo, pensei. Sorri (foi um sorriso espontâneo). Tirei a arma da cabeça da menina; foi quando em um rápido movimento voltei ao estado inicial. Atirei, Bum, Bum, Bum. Três vezes foi o suficiente. A bala parecia ter saído do outro lado, mas não verifiquei.
Joguei o corpo da menina no sofá da sala e voltei a perguntar:
Estão me devendo algo?
Resposta alguma, apenas gritos e berros desesperadores. Lembrei-me da minha mãe quando a policia invadiu nosso barraco e matou meus 2 irmãos e meu pai. Foram 3 balas
Sai pelas portas do fundo, dei a volta na casa, e finalmente coloquei o pé na calçada da frente, onde uma multidão parecia se aglomerar, falando besteiras. Fui embora por entre eles.
Joguei meu 38 em um matagal ali próximo. A cada passo me lembrava dos Bum, Bum, Bum; dos que quando tinha 9 anos e os recém. Os recentes não contam, era apenas uma menininha burguesa, que não conhece a triste realidade. Os do meus 9 anos foram tristes, um pai de família e dois jovens simples e corados.
Chego em casa, pego minha mala. Coloco a farda e vou direto para o trabalho. A inscrição Policia Militar gravada me arrepia – medo. Mas é preciso trabalhar, trabalhar.
Tomo a condução e tento buscar todos os pais de família,- corados, acho o meu, abraço-o forte e dou muitos beijos em sua face. Mas o meu se perde na multidão
Chego no batalhão, abro a porta do meu armário, pego meu 38. Dou 3 tiros em uma menina – encomenda. Lembro de minha mãe. Bum, Bum, Bum. Tenho 9 anos. Perco meu pai e 2 irmãos.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Roda
Na roda não conhecia todas as pessoas, mas mesmo assim não deixei de conversar com elas. A bebida não parava de vir, e só vinha. Até eu que não sou de beber todas tinha bebido.
Várias pessoas chamava minha atenção. Mas me concentrei somente em uma. Ela – a pessoa – era o punctum para mim, era a minha expressão, a minha poesia. Mesmo que todo final de semana tenha que ter uma poesia. É necessário, estou necessário. Tanto assim!
Era só eu e ele. O molho de chaves que tinha caído no chão provocara um imenso barulho no quarto vazio. Estava vazio e o colchão ficava no chão.
- Quer um pedaço de pizza de ontem? - Perguntou-me
Agradeci e disse que não. Quando acordo não sinto fome. A cabeça doía, mas mesmo assim queria conversar.
- Pode deixar eu como sozinho!
As vezes sinto muita fome quando acordo. A dor de cabeça tinha passado, mas mesmo assim queria conversar, mesmo se eu não falasse nada. Perguntou-me da pessoa da roda do final de semana. Disse que não passava de um descanso para ele, ele tem que trabalhar. Talvez é por isso que ainda estou deitado.
- As chaves, cadê as chaves?
Disse que só ouvi os barulhos quando caíram ao chão.
- Vai sair de novo perguntei.
Pensei, pensei. Mas não sei se fico mais, ou vou embora. Embora não, não tenho para onde ir.
- Vou na esquina, na padaria. Cansei de pizza todos os dias, quero pão, já volto! – respondi
Achei as chaves, do lado do outro colchão. Destranquei a porta do quarto. Sai pela porta da cozinha, peguei a sua roupa preferida – cor branca. Voltei ao quarto, vesti-o, me vesti enfim. E fui agora direto a padaria.
Na padaria rodas de pessoas desconhecidads. Ele e eu observando as pessoas. Mas ele do que eu. Uma pessoa em especial e a minha poesia. É o Studium para mim. É o Punctum para ele.
Várias pessoas chamava minha atenção. Mas me concentrei somente em uma. Ela – a pessoa – era o punctum para mim, era a minha expressão, a minha poesia. Mesmo que todo final de semana tenha que ter uma poesia. É necessário, estou necessário. Tanto assim!
Era só eu e ele. O molho de chaves que tinha caído no chão provocara um imenso barulho no quarto vazio. Estava vazio e o colchão ficava no chão.
- Quer um pedaço de pizza de ontem? - Perguntou-me
Agradeci e disse que não. Quando acordo não sinto fome. A cabeça doía, mas mesmo assim queria conversar.
- Pode deixar eu como sozinho!
As vezes sinto muita fome quando acordo. A dor de cabeça tinha passado, mas mesmo assim queria conversar, mesmo se eu não falasse nada. Perguntou-me da pessoa da roda do final de semana. Disse que não passava de um descanso para ele, ele tem que trabalhar. Talvez é por isso que ainda estou deitado.
- As chaves, cadê as chaves?
Disse que só ouvi os barulhos quando caíram ao chão.
- Vai sair de novo perguntei.
Pensei, pensei. Mas não sei se fico mais, ou vou embora. Embora não, não tenho para onde ir.
- Vou na esquina, na padaria. Cansei de pizza todos os dias, quero pão, já volto! – respondi
Achei as chaves, do lado do outro colchão. Destranquei a porta do quarto. Sai pela porta da cozinha, peguei a sua roupa preferida – cor branca. Voltei ao quarto, vesti-o, me vesti enfim. E fui agora direto a padaria.
Na padaria rodas de pessoas desconhecidads. Ele e eu observando as pessoas. Mas ele do que eu. Uma pessoa em especial e a minha poesia. É o Studium para mim. É o Punctum para ele.
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Humanos
Como as pessoas são inuteis jazidas de bosta
Nada os satisfazem
Tudo as corrompem
São libertas pelas correntes
E aconrrentadas pela liberdade
Nada os satisfazem
Tudo as corrompem
São libertas pelas correntes
E aconrrentadas pela liberdade
terça-feira, 9 de outubro de 2007
O Reino dos Anões Barbudos (Infantil)
Há algum tempo muitos anões se rebelaram contra uma terrível tirana de olhos azuis e cabelos castanhos. Ela não era muito grande, mais não sabia se ficava do lado dos anões ou do lado negro que os gigantes pertenciam.
Um reino simples, uma gigantesca floresta, um lampião e um enorme castelo. Em todo mundo essas palavras resumem o povo dos anões barbudos. Anões todos já conhecem, mais tenho certeza que esses em especifico você nunca ouviu falar. Despercebidos por quase todos os humanos, esse povo de baixa estatura sempre esteve ali, a espera de uma visitinha surpresa.
A base da economia deles é basicamente agrária, plantam, cultivam, semeiam, até quando chega o tempo da colheita. Ah, ai sim eles fazem um festão, mais não é uma festa de esbanjamento, é um simples festão, como eles costumam chamar. Tortas, doces e geleias, de todos os modelos e gostos, prontos para agradar todos os palpites. Tinha de morango-moranga, goiabuva, e muitas outras, mais uma em especial que é muito apreciada: marmelobacaxi. Sou muito suspeito de falar da culinária dos anões, porque admiro muito essa arte, que parece ser passada de mãe para filha.
O dia é exatamente perfeito para este povo, que sabe aproveitar muito bem todos os centus, é assim que é chamado o segundo lá na língua deles, não tendo outra designação para a contagem de tempo como minutos ou horas. Chega a ser até engraçado ver os anõezinhos trabalhando.
Todos emborcadinhos andando de um lado para outro, pegando na enxada, cozinhando e lavando os pratos.
A parte da manhã eles reservam para a oração, que é prestada a um único Deus, criador de todo o universo, que os esculpiu imagem e semelhança. Já a parte em que o sol se encontra lá no alto até o centus em que o brilhante está no horizonte, se dedicam exclusivamente a lavoura; famílias inteiras deixam seus chalés e enfrentam horas cuidando do crescimento e desenvolvimento das plantas. E na parte escura do dia vão se virar nas bancadas das massas e geleias, é o horário da produção e o merecido descanso. (continua)
Um reino simples, uma gigantesca floresta, um lampião e um enorme castelo. Em todo mundo essas palavras resumem o povo dos anões barbudos. Anões todos já conhecem, mais tenho certeza que esses em especifico você nunca ouviu falar. Despercebidos por quase todos os humanos, esse povo de baixa estatura sempre esteve ali, a espera de uma visitinha surpresa.
A base da economia deles é basicamente agrária, plantam, cultivam, semeiam, até quando chega o tempo da colheita. Ah, ai sim eles fazem um festão, mais não é uma festa de esbanjamento, é um simples festão, como eles costumam chamar. Tortas, doces e geleias, de todos os modelos e gostos, prontos para agradar todos os palpites. Tinha de morango-moranga, goiabuva, e muitas outras, mais uma em especial que é muito apreciada: marmelobacaxi. Sou muito suspeito de falar da culinária dos anões, porque admiro muito essa arte, que parece ser passada de mãe para filha.
O dia é exatamente perfeito para este povo, que sabe aproveitar muito bem todos os centus, é assim que é chamado o segundo lá na língua deles, não tendo outra designação para a contagem de tempo como minutos ou horas. Chega a ser até engraçado ver os anõezinhos trabalhando.
Todos emborcadinhos andando de um lado para outro, pegando na enxada, cozinhando e lavando os pratos.
A parte da manhã eles reservam para a oração, que é prestada a um único Deus, criador de todo o universo, que os esculpiu imagem e semelhança. Já a parte em que o sol se encontra lá no alto até o centus em que o brilhante está no horizonte, se dedicam exclusivamente a lavoura; famílias inteiras deixam seus chalés e enfrentam horas cuidando do crescimento e desenvolvimento das plantas. E na parte escura do dia vão se virar nas bancadas das massas e geleias, é o horário da produção e o merecido descanso. (continua)
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Diferenças... E elas existem?
Incrível como as diferenças são notadas
A pegada de Dona Carlota é tão diferente da de Seu José como uma branquela se assemelha a uma bronzeada.
Engraçado também como os pensamentos dos cientistas são os mesmos dos artistas.
O sotaque dos baianos e dos paulistas é inconfundível
E os medrosos... Estão correndo até hoje dos corajosos.
Hilário também como os horrorosos ocuparam os espaços dos fabulosos.
Os astrólogos em uma mesa redonda com os astrônomos.
Os roqueiros em uma convivência pacifica com os pagodeiros.
O branco fica bem ao lado do preto.
Os megascopicos já não são os mesmos sem os microscópicos.
Os herbívoros nunca sobreviveram aos carnívoros.
O que seria dos goleiros sem os frangueiros.
O sucego certamente morreria com os estressados
Os cachorros iriam correr de quem, se não existissem os gatos?
O ocidente e tão parecido com o oriente.
Os poupadores recebem dos gastadores.
Os esotéricos transcendem os matemáticos.
Os carecas só existem porque os cabeludos perderam os cabelos.
Atenção! Um dia as diferenças entrarão em extinção.
A pegada de Dona Carlota é tão diferente da de Seu José como uma branquela se assemelha a uma bronzeada.
Engraçado também como os pensamentos dos cientistas são os mesmos dos artistas.
O sotaque dos baianos e dos paulistas é inconfundível
E os medrosos... Estão correndo até hoje dos corajosos.
Hilário também como os horrorosos ocuparam os espaços dos fabulosos.
Os astrólogos em uma mesa redonda com os astrônomos.
Os roqueiros em uma convivência pacifica com os pagodeiros.
O branco fica bem ao lado do preto.
Os megascopicos já não são os mesmos sem os microscópicos.
Os herbívoros nunca sobreviveram aos carnívoros.
O que seria dos goleiros sem os frangueiros.
O sucego certamente morreria com os estressados
Os cachorros iriam correr de quem, se não existissem os gatos?
O ocidente e tão parecido com o oriente.
Os poupadores recebem dos gastadores.
Os esotéricos transcendem os matemáticos.
Os carecas só existem porque os cabeludos perderam os cabelos.
Atenção! Um dia as diferenças entrarão em extinção.
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Mais que dia! Estou pensando em voltar a escrever.
Escrever sobre tudo...
Sobre as pessoas nos telhados gritando aos amores
Sobre a vida
sobre a desilusão
Sobre a imaginação
Sobre guerras de robos
Sobre cantos desisperados de dor
Sobre o gozo da felicidade
Sobre os berros de crianças nos berços
Sobre a briga de irmãos
Romances de Invejas, Intrigas...
Sonhos platonicos e que de vez em quando habitam minha mente - se é lá mesmo que eles estão
Sobre a mochila da menina
Sobre nomes estranhos, e exoticos
Sobre lugares lindos e maravilhosos - e não tã belos assim
Sobre fotos e blogs da internet
Sobre filmes policiais, horror, e seriados de TV
Sobre parapeitos de prédios e casas frias
O comodismo das pessoas incomodadas
A ilusão do pensamento
Sobre o pensamento obscuro
Sobre a arquitetura néo-gótica e pré-histórica
Sobre cores difamadas e maravilhosamente belas
O céu e as estrelas
Romances de pessoas, e de animais
Gostaria de escrever coisas que jamais foram escritas. Quero reescrever. Quero me escrever!
Escrever sobre tudo...
Sobre as pessoas nos telhados gritando aos amores
Sobre a vida
sobre a desilusão
Sobre a imaginação
Sobre guerras de robos
Sobre cantos desisperados de dor
Sobre o gozo da felicidade
Sobre os berros de crianças nos berços
Sobre a briga de irmãos
Romances de Invejas, Intrigas...
Sonhos platonicos e que de vez em quando habitam minha mente - se é lá mesmo que eles estão
Sobre a mochila da menina
Sobre nomes estranhos, e exoticos
Sobre lugares lindos e maravilhosos - e não tã belos assim
Sobre fotos e blogs da internet
Sobre filmes policiais, horror, e seriados de TV
Sobre parapeitos de prédios e casas frias
O comodismo das pessoas incomodadas
A ilusão do pensamento
Sobre o pensamento obscuro
Sobre a arquitetura néo-gótica e pré-histórica
Sobre cores difamadas e maravilhosamente belas
O céu e as estrelas
Romances de pessoas, e de animais
Gostaria de escrever coisas que jamais foram escritas. Quero reescrever. Quero me escrever!
Assinar:
Postagens (Atom)